Reflexões sobre as implicações para o ensino de Português: NORMA LINGUÍSTICA, USO DA LINGUAGEM E VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Como pensar e contribuir para a vida do professor de Língua Portuguesa quando o assunto é: as implicações para o ensino de Português: NORMA LINGUÍSTICA, USO DA LINGUAGEM E VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS Entender as relações entre norma, uso e variação linguística (Bagno, 2007) consiste em incluir no ensino de Língua Portuguesa uma abordagem contextualizada e inclusiva da diversidade linguística. O objetivo desta dissertação é apresentar as implicações para o ensino de Língua Portuguesa das relações entre norma, uso e variação linguística, para ensino interativo e integrado visando uma educação linguística presente no contexto sociocultural do estudante de Letras, que assumirá a sala de aula na Educação Básica, e para isso precisa se preparar bem durante o curso superior. Na relação entre norma, uso e variação linguística perpassa padrões formais que muitas vezes são associados ao prestígio social e cultural. No entanto, reconhecer que a norma não deve ser ensinada e não pode ser aprendida com facilidade de modo isolado e descontextualizado é um passo necessário para se inovar na sala de aula. Incluir variedades da língua e realidades regionais, por exemplo, torna a aula mais significativa, uma vez que aborda a norma a partir de realidades quando se usa os gêneros do discurso, como: charge, História em Quadrinhos, diário, memorial e biografia. O uso da norma linguística, da linguagem e a compreensão prática no cotidiano dos sujeitos falantes são fundamentais no processo de ensino e de aprendizagem, uma vez que não há um sem o outro, pois são duas faces de um mesmo processo intercambiável. Incorporar situações reais de comunicação em sala de aula, contar história/estórias e discutir/debater sobre o uso da linguagem é um caminho eficaz para a aprendizagem significativa. Análises de textos autênticos proporcionam ao estudante a oportunidade de aplicar a norma em contextos práticos, o que não apenas reforça a aprendizagem, como também valoriza as variades linguística de cada região, pois elas se fazem presentes nas interações sociais e leituras diversas. O ensino de Língua Portuguesa que inclui no processo da aprendizagem significativa a variação linguística como estratégia favorece e valoriza as diferentes formas de expressão linguísticas, presentes na sociedade brasileira de todas as regiões do país. Essa prática, ainda, contribui para a promoção da diversidade e para a construção de uma educação linguística mais inclusiva, uma vez que a cada atividade pode-se explorar realidades regionalizadas com interdisciplinaridade, mostrando gírias e formas não normativas que incentivam a apreciação da linguística do Brasil, por exemplo, o paraibano fala OXE! e o mineiro fala UAI! expressões que demonstram uma reação linguística que só é entendida dentro de um contexto bem definido. A Sociolinguística no ensino da Língua Portuguesa inclui o aspecto cultural da língua e apresenta as manifestações de diferentes comunidades e grupos sociais no uso da linguagem, propiciando ao estudante o contato com os fenômenos linguísticos de sociedades e contextos diversos, praticados em vários lugares do extenso território brasileiro. Em síntese, faz-se necessária a integração entre norma, uso e variação linguística porque uma educação inclusiva e alinhada à realidade social e cultural das pessoas permite aos sujeitos falantes envolvidos o reconhecimento da diversidade, o respeito às diversas formas de se usar a linguagem e a aprendizagem significativa com autoafirmação, do modo como se diz e o que dizer em contextos bem definidos se faz coisas na realidade da qual fazemos parte (Austin, 1990), uma vez que coexiste uma gama de expressões linguísticas para a participação ativa na sociedade plural dinâmica. Com o uso de uma língua viva abrem-se possibilidades comunicativas diversas. BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: edições Loyola, 2007. Disponível em: https://professorjailton.com.br/novo/biblioteca/preconceito_linguistico_marcos_bagno.pdf. Acesso em: 05 DEZ.2023. AUSTIN, J.L. Como dizer é fazer: palavras e ações. Petrópolis: ArtMed, 1990. Se você tem algo a contribuir com essa reflexão, mesmo que seja refutando alguns conceitos e/ou acrescentando outros conceitos e autores, por favor, não hesite em dar a sua contribuição, ela é muito importante para a pesquisa acadêmica e para os diálogos interativos. Pode contribuir, aqui!

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